Pesquisadores do Paraná apostam em mestrado no exterior e trazem de volta conhecimento de ponta

Pesquisadores do Paraná apostam em mestrado no exterior e trazem de volta conhecimento de ponta

O Paraná se firma cada vez mais como celeiro de cientistas e engenheiros capacitados internacionalmente. Dados da CAPES‑PRINT da UFPR mostram que, em meados de 2023, o programa já havia financiado mais de 350 ações acadêmicas internacionais, incluindo bolsas para doutorandos e pós-doutorandos realizarem parte dos estudos nos EUA e em outras instituições de ponta. Essas iniciativas ilustram o comprometimento do Estado em capacitar profissionais para atuarem em rede global de pesquisa e inovação.

Estudantes paranaenses que voltam de seus mestrados fora retornam com habilidades e redes valiosas. Ao trazer métodos avançados, tecnologias emergentes e conexões internacionais, eles potencializam laboratórios, fortalecem colaborações acadêmicas e atraem investimentos, beneficiando desde faculdades a startups locais.

Nos Estados Unidos, o jovem cientista Pedro Henrique da Silva Parmezani explica que o aprendizado é acelerado. Embora natural de São Paulo, sua trajetória reflete a ambição e o potencial do Brasil e do Sul do país. Aos 15 anos, ele se mudou sozinho para os EUA, onde conquistou o título de Magna Cum Laude em Física Aplicada e Matemática, com GPA 3,84. Em 2025, foi agraciado com os prêmios Outstanding Physics/Engineering Award e Senior Academic and Leadership Achievement Award, além de integrar o prestigiado All‑Mountain East Conference Academic Team.

Com bolsa do programa SURE, Pedro realizou pesquisa sobre atenuação de radiação gama, utilizando materiais como chumbo, cobre e plásticos, com aplicação prática em saúde, tecnologia nuclear e exploração espacial. “Em viagens espaciais, onde cada grama importa, descobrimos que plásticos leves podem proteger quase tanto quanto metais pesados”, destaca Pedro, reforçando o impacto científico de seus estudos.

Atleticamente, o ex‑capitão da equipe de futebol universitário (NCAA) e ex‑Resident Assistant em campus norte‑americano mostra que liderança, disciplina e ciência andam de mãos dadas. Ele agora se prepara para iniciar um mestrado em Engenharia de Sistemas nos EUA, focado em inteligência artificial e otimização de processos.

Para o Paraná, histórias como a de Pedro são vitais. Os 350 intercâmbios do CAPES‑PRINT já reforçaram áreas-chave como Biossciências, Materiais Avançados e Energias Renováveis em universidades como a UFPR . Esses estudantes retornam com tecnologias e perspectivas globais, impactando a economia local e projetos de inovação tecnológica.

“A formação no exterior permite trazer novas ideias, protocolos de pesquisa e parcerias que não existiriam sem essa vivência internacional”, explica pesquisador da UFPR envolvido no CAPES‑PRINT. Essa ampliação de conhecimento fortalece tanto instituições quanto empresas do Paraná.

No horizonte, o apoio continuado a programas de mestrado e doutorado internacional representa uma estratégia estratégica. Ao investir em talentos globalmente preparados, o Paraná consolida-se como polo de inovação, ciência de alto nível e protagonismo nos cenários acadêmico e tecnológico do país, com Pedro Parmezani como um exemplo vivo desse movimento.